A esofagite eosinofílica é uma doença crônica, imunomediada, caracterizada por uma infiltração do esôfago por células de defesa do organismo, chamadas eosinófilos, secundária a fatores genéticos e ambientais.

Ela pode acometer tanto crianças, quanto adultos- na infância tende a ocorrer por volta dos 9 anos e em adultos, por volta dos 30 anos. O sexo masculino parece ser o mais acometido. A sua incidência é de cerca de 5,31 casos a cada 100000 pacientes. Embora rara, seus índices de diagnóstico vêm aumentando nos últimos anos. Muitos pacientes também têm diagnósticos de outras doenças alérgicas concomitante, como rinite e dermatite.

Os principais sintomas da doença são dificuldade de engolir, sensação de entalo e impactação de alimentos no esôfago. Em crianças, pode manifestar-se com vômitos, dor abdominal, recusa alimentar e atraso no crescimento.

O diagnóstico dessa doença é feito por meio da endoscopia digestiva alta com biópsias. Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de reduzir as complicações, como estenoses (estreitamento) do esôfago, perfuração esofágica, impactação alimentar e desnutrição.

O tratamento na maioria das vezes é clínico, com medicações orais. Quando existem complicações da doença, procedimentos endoscópicos e cirúrgicos podem ser necessários. Além disso, é fundamental o acompanhamento conjunto com nutricionista para a realização de uma dieta específica, visando a identificar os alimentos aos quais o paciente tem mais sensibilidade.

A doença é crônica e até o momento não tem cura! Por isso, é necessário que haja um seguimento clínico, nutricional e endoscópico (com biópsias) adequado.