O H. pylori é uma bactéria bastante prevalente na população não somente do Brasil, mas também mundial- estima-se que cerca de 50% da população possa estar infectada por essa bactéria. Ela é transmitida por via oral, por meio de água e alimentos contaminados e infecta o estômago dos seres humanos, sendo curiosamente capaz de sobreviver num ambiente extremamente ácido, no qual outros microrganismos não conseguiriam fazer o mesmo.

Num primeiro  momento, a infecção por essa bactéria pode gerar um estado de hiperacidez gástrica e levar ao surgimento de doenças como gastrite, além de úlceras do estômago e do duodeno, que podem causar dor, dispepsia e sangramento digestivo.

Em fase de cronificação, a bactéria pode gerar redução da quantidade de ácido, atrofia do estômago, deficiência de absorção de ferro e vitamina B12 e até mesmo predispondo a uma série de alterações genéticas na células gástricas que podem resultar em câncer gástrico.

O diagnóstico padrão ouro da infecção é feito por endoscopia digestiva alta, a qual permite a realização de teste rápido e sobretudo da biópsia gástrica, fornecendo também informações valiosas sobre a mucosa gástrica e do duodeno.

O tratamento da infecção é realizado por meio da combinação entre antibióticos e inibidores da secreção ácida, que devem ser utilizados de forma correta por 14 dias, com boa segurança e boa tolerabilidade pelos pacientes. Após o tratamento, é imprescindível que se faça um controle de cura para que checar se de fato houve erradicação da bactéria. Na falha do primeiro esquema terapêutico, outros esquemas de segunda linha podem e devem ser utilizados.

Para prevenir a infecção, devem ser adotados cuidados de higiene com alimentos, sobretudo os crus, utilizar água filtrada, lavar as mãos antes das refeições e adotar medidas de saneamento básico.